segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Belo Horizonte

" Assim vou por Belo horizonte: mancando. Uma perna bate com dureza no piso presente. A outra procura um apoio difícil nas pedras antigas." Paulo Mendes Campos

Para quem conhece cidades milenares, Belo Horizonte com seus cento e poucos (pouquíssimos) anos, parece uma criança. Mas é a minha cidade. Largas avenidas, prédios modernos, lugares que só nós, os belorizontinos, conhecemos. Dizem que BH não tem grandes apelos turísticos, mas seu complexo hoteleiro é excelente. A orla da Pampulha e todo o complexo arquitetônico projetado por Oscar Niemayer são dignos de uma visita. A Igrejinha de São Francisco com curvas que lembram as serras mineiras, as pinturas e mosaicos de Cândido Portinari e os jardins de Burle Marx são de grande beleza. O Mineirão e o Mineirinho, a Casa do Baile, o Museu de Arte Moderna e a Fundação Zoo Botânica, moderna e bem cuidada surpreendem os visitantes. Ali perto, o Campus da UFMG merece ser visitado, pela sua grandiosidade. Ela foi considerada a melhor do Brasil, na última avaliação realizada pelo MEC.
A Serra do Curral protege a cidade, apesar das mineradoras e da especulação imobiliária já terem desfigurado seu perfil original. A Praça da Estação Ferroviária e o antigo relógio no alto do prédio em estilo eclético são o ponto alto desse espaço hoje bastante utilizado para eventos populares. Logo ali pertinho estão a Casa do Conde de Santa Marinha, a Serraria Souza Pinto e os Viadutos da Floresta e o de Santa Teresa, com seus arcos de poesia. Digo poesia, porque nos anos 30 e 40, serviram de palco para as aventuras de jovens românticos, como Drummond e seus amigos do Encontro Marcado.
O centro da cidade abriga jóias arquitetônicas como o Automóvel Cube, o Conservatório Mineiro, o Palácio da Justiça. Isso sem falar no moderno Palácio das Artes, plantado no Parque Municipal, com suas árvores centenárias e o grande lago com pedalinhos e canoas, o orquidário municipal, o Imaco, o Teatro Francisco Nunes.
A Praça da Liberdade, além das flores multicoloridas, coreto e fontes luminosas, abriga um acervo de belos prédios como o Solar Narbona, o Palácio do Governo e as Secretarias de Estado.
Beagá não tem MAR, tem BAR. E como tem! O festival de Comida de Boteco mostra toda a criatividade culinária das Minas Gerais e a grande disposição do mineiro de jogar conversa fora na mesa de um botequim. A gastronomia mineira e internacional tem seu espaço garantido nos ótimos restaurantes de cidade. Os bares do Mercado Central são os mais tradicionais. O fígado acebolado com jiló e a cerveja gelada são uma espécie de religião para os frenqüentadores dominicais. O colorido e o cheiro do mercado são marcantes: os queijos, a pinga, a linguiça, as pimentas coloridas, os doces, as flores...
A Feira de Artesanato acontece aos domingos na Avenida Afonso Pena e reúne mais de três mil e quinhentos expositores, fazendo com que seja considerada uma das maiores do Brasil. O Barro Preto e seu Pólo de Moda traz a Beagá muitos compradores de outras cidades e até do exterior.
A cidade se destaca pelas suas inúmeras opções culturais, que passam por peças de teatro, eventos literários, exposições, festivais e recitais e toda gama de manifestação artísticas nacionais e internacionais.
Belo Horizonte hoje enfrenta os problemas característicos das grandes metrópoles brasileiras, mas ainda é um ótimo lugar pra se viver.

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