sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O Quatrilho

Resolvemos fazer um tour chamado “Quatrilho”. Que bom que tomamos essa sábia decisão!... Num Ford Apache 1958 rumamos para a região rural de Gramado que não fica a mais que 10 ou 15 minutos do centro. Um sanfoneiro, ali chamado de gaiteiro, com um enorme chapéu de palha e uma boca enorme, cantava músicas gaúchas, coisas engraçadas e desafios. Acabou ficando fã da Miriam que respondeu, rimando, um dos versos feitos por ele. Foi muito engraçado e ela acabou conseguindo fazer sucesso com os outros passageiros do ônibus.
Degustamos vinho colonial armazenado em barris de mais de 100 anos, ouvimos as histórias de um jovem senhor de 80 anos que ainda tem um forte sotaque e nos contou a saga de sua família que imigrou da Itália, a luta dos antepassados nas estranhas terras do Brasil, as saudades sentidas, as lágrimas derramadas e as grandes diferenças vividas nos dias de hoje. Os parreirais de kiwi e de uva, o gramado cuidado, as árvores cheias de bromélias, as velhas casas de madeira e o frio intenso, nos transportaram para o passado como num passe de mágica. Hoje ele tem orgulho de receber em suas terras os turistas que, curiosos, tiram fotos e fazem perguntas.


Logo, logo já estávamos chegando ao velho moinho da família Grins, na propriedade onde viveram e foram enterrados Nicodemo e Maria, protagonistas do romance “O Quatrilho” que nos foi narrado de maneira bem coloquial pela atual dona das terras. O cemitério, onde o casal está sepultado e a igrejinha foram a próxima parada, debaixo da chuva fina e incessante. O frio não deu tréguas!

Para encerrar, paramos na casa de uma típica família alemã que nos recebeu com um gaiteiro à porta da casa. O saboroso café da colônia, servido pelos donos da casa, a música, o vinho e a neblina construíram o cenário perfeito para viajarmos no tempo mais uma vez.

O show Nativitaten, encenado no lago Joaquina Rita Bier é apoteótico. Fogos de artifício, luzes sincronizadas com o som, tenores, sopranos e efeitos belíssimos de fogo e águas dançantes. Digno de qualquer palco internacional. O jantar em grande estilo foi no Portugália, com a agradável companhia do Viola e da Heloisa. Fomos caminhando e admirando as belíssimas vitrines coloridas e iluminadas.

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