quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ARGENTINA - Bariloche


Nossa viagem está sendo surpreendente. Os lagos  encravados entre os Andes são maravilhosos. As paisagens chilenas nos deixaram atordoados. 
Chegamos a Bariloche de barco em Puerto Pañuelas e um receptivo nos levou, de ônibus, até o centro da cidade, que não fica muito distante, mais ou menos uns 25 Km. Pelo caminho fomos apreciando a paisagem. 
Bariloche fica na Província de Rio Negro, na  patagônia Argentina e  há 1600 Km de Buenos Aires.
O Hotel Nahuel Huapi é bem no centro nervoso da cidade. Como já chegamos ao anoitecer, por volta de 21:00h, resolvemos jantar ali pertinho, no restaurante Il Giardino. Um tango, tocado numa gaita por um rastafari, nos deu a certeza que estávamos mesmo na Argentina. Mas o cansaço e as emoções do Cruce Andino não nos permitiram ficar até tarde. 
Pedimos uma tabla Patagônica. Difícil de gostar. Um peixe salgado de sabor muito forte, javali e cervo defumados - carne escura, dura e meio rançosa, alguns crudos estranhos, queijos duros, fortes e defumadíssimos. Ficamos com os pães e provamos de tudo. Mas não deu pra encarar. Vimos depois que  todos os restaurantes oferecem essa “tabla” em seus cardápios. Não recomendo...

O Hotel Nahuel Huapi oferece um café da manhã um tanto fraco, mas as ilustrações botânicas, de espécies patagônicas dão um ar de refinamento ao restaurante.
Após o café começamos a circular a pé pela cidade, que não é muito grande e vem enfrentando uma crise sem precedentes por causa dos estragos feitos pelo vulcão chileno e que levou toneladas de fumaça para San Carlos de Bariloche, em outubro de 2011. Em um restaurante uma placa dizia: – Precisamos urgentemente de clientes. Não exigimos experiência anterior. O bom humor sempre ajuda a enfrentar períodos difíceis. E os argentinos não estão bem humorados....

A cidade  ainda está  empoeirada e mais de 30 mil pessoas  já deixaram a cidade. 


 O turismo está decadente e as pessoas pessimistas quanto ao futuro de Bariloche.



O Museu da Patagônia,  que fica no Centro Cívico, é pequeno, mas muito bem cuidado e com uma boa mostra da fauna patagônica e da cultura  mapuche, os indígenas que primeiro habitaram a região. Armas, objetos e documentos ali estão expostos desde 1940.


Esta foto é do condor andino,pendurado logo na entrada do Museu. Ele  chega  a ter 3 metros de envergadura. As luzes não permitiram uma foto de melhor qualidade. Ou a habilidade da fotógrafa, que não é muita. Não sei bem...

As construções do Centro Cívico são em madeira de cipreste e pedras. Ali acontecem eventos culturais e feiras de artesanato. É o verdadeiro  coração da cidade e um dos cartões postais mais visitados de Bariloche.

Esse escadaloso bife de chorizo é do Boliche do Alberto. A carne é macia e suculenta, com tempero suave e o famoso molho de chimichurry.

Posted by Picasa

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