quinta-feira, 14 de junho de 2012

O CRACK E AS CIDADES

Todos os meios de comunicação, cotidianamente, veiculam alguma notícia sobre o tráfico e o consumo do CRACK, também chamado de droga maldita, mal do século e droga da morte.
Os jornais mineiros  não são diferentes. Manchetes de primeira página, fotos dos usuários, endereços onde usam seus cachimbos e toda a sorte de informações médicas sobre os malefícios dessa droga, os encontros e reuniões de autoridades sobre o tema, as batidas policiais e a prisão de um ou outro usuário, a limpeza do local onde se reunem com ratos, rodeados de lixo e excrementos.
No entanto, o que se vê é a proliferação assustadora do problema. Por toda a cidade, em bairros distantes ou no centro, lá estão eles e seus cachimbos da morte, verdadeiros farrapos humanos.
Que país é esse que não cuida dos doentes, não dá segurança ao cidadão de bem e não prende os responsáveis pelo comércio e distribuição do CRACK? Sabemos onde estão os usuários, sabemos quem distribui e muitas vezes, temos o endereço de onde é distribuída a droga. Por que não damos uma solução para o problema? Falta vontade política, faltam leis, faltam policiais.Há uma crise generalizada de autoridade. Mas tenho certeza absoluta que, na época da Copa do Mundo, darão um jeito de desaparecer com esses coitados. E depois da Copa, eles voltarão. Também tenho certeza disso.
Na porta da minha casa, grupos de 5 a 10 pessoas se reúnem diariamente, para usar a droga e promovem todo tipo de confusão e brigas ...Andam desorientados, falam sozinhos, defecam no meio da rua sem nenhum pudor, fazem sexo à luz do dia. Nós, moradores da Nova Suíça e de toda a Belo Horizonte, tememos sair e sermos vítimas de assaltos e abordagens violentas . A polícia passa e nem sequer olha essas pessoas, que ficam por ali, de dia e de noite, jogadas como lixo, pelos passeios, embrulhadas em panos imundos e mal cheirosos.
Gostaria que alguma autoridadde policial ou não, nos orientasse como proceder, pois não sabemos mais o que fazer. Somos prisioneiros em nossa própria casa, enquanto quem deveria estar preso ou em tratamento perambula impunemente pelas ruas da cidade.
A imprensa, que noticia diariamente esses fatos e tragédias, talvez tenha uma resposta para o cidadão comum,  penalizado pela impunidade e descaso das autoridades desse país. O que fazer?

É assim que funciona. Deixam instalar uma cracolândia com 600 pessoas se auto destruindo à luz do dia, como aconteceu recentemente em São Paulo, criam um fato político e depois aparecem os secretários, chefes de gabinetes, prefeitos e vereadores anunciando a "limpeza do local", como se a culpa por tanto descaso não fosse deles. Somente deles.
Ah! Esqueci de dizer que também existem aqueles grupos que lutam pelos direitos humanos e que acham absurdo inibiro sagrado direito de ir e vir desses desgraçados que, mais que nunca, precisam de ajuda urgente, antes que a morte os alcance.
Chega de seminários, reuniões, fotos para os jornais... Chega de conivência com usuários e traficantes. Basta de negligenciar a vida de homens, mulheres e crianças dependentes dessa droga mortal! 

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